O cálcio é um mineral de extrema importância para o organismo, sobretudo
para a mineralização óssea, sendo que as necessidades deste mineral são
relativamente maiores nos períodos de gestação, lactação, adolescência e
senescência (idosos), variando entre 1000 a 1500mg/dia de acordo com a
necessidade.
Uma alimentação deficiente em cálcio
compromete a formação do tecido ósseo e induz à perda da densidade
óssea, levando à osteoporose. Esta enfermidade é mais prevalente em
mulheres no período pós menopausa e em idosas, sendo, contudo, observada
também entre adolescentes com amenorreia (ausência ou a cessação da
menstruação em mulheres em idade fértil) e em indivíduos
adultos vegetarianos.
Está bem documentado na literatura o fato
de que a dieta de populações de diferentes países é deficiente em
cálcio, fornecendo quantidades de cálcio que em geral não ultrapassam 50
% das quotas recomendadas de ingestão do mineral. Isso ocorre porque a
falta ou baixo consumo de fontes alimentares de cálcio não é
suficiente para atingir seu aporte adequado, especialmente no caso de
adolescentes e idosos.
Diversas estratégias têm sido propostas a
fim de elevar o consumo de cálcio e minimizar os danos causados por sua
deficiência. O cálcio pode ser obtido a partir da ingestão de alimentos
naturalmente ricos no mineral, tais como sementes, folhas
verde-escuras, cereais integrais, leite e produtos derivados, alimentos
fortificados ou ainda por meio de suplementos dietéticos. Contudo, pela
dificuldade de acesso à esses produtos, tem se utilizado o pó da casca
de ovo como fonte de cálcio de baixo custo e de fácil preparo.
Além do aspecto econômico, o cálcio da
casca de ovo apresenta vantagens nutricionais, pois não está associado a
elevadas quantidades de proteína e sódio (como acontece, por exemplo,
nos queijos), que podem induzir a um aumento da excreção renal de
cálcio. Além disso, foi comprovado, mediante análises
microbiológicas, que a adoção de procedimentos adequados no preparo do
pó minimiza os riscos de contaminação microbiológica e assegura a
qualidade do produto.
Como fazer o pó de casca de ovo
Acompanhe as figuras e as instruções
abaixo e descubra como é simples, prático, rápido e econômico produzir
em casa o pó de casca de ovo:
3. Ferva por 10 minutos, deixe secar. Em seguida,
coloque no forno em forno elétrico ou convencional por 1 a 2 horas, em
temperatura média, para desidratá-las. Desta forma fica muito mais fácil
pulverizá-las. Só tome cuidado para não deixá-las queimar. Se estiver
usando um forninho elétrico, ajuste o aparelho para que apenas a parte
de baixo do forninho esquente – o calor vindo de cima e de baixo tostará
as cascas.
4. Coloque as cascas desidratadas no liquidificador,
mixer ou pilão. Triture até obter um pó bem fininho. Quanto mais fino,
melhor.
5. Peneire e guarde o pó de casca de
ovo em um recipiente seco e limpo, tampado e protegido do calor. Bem
armazenado, o pó dura em média 3 meses.
É indicada a ingestão de 01 colher de chá rasa do pó por dia e pode ser acrescentada em preparações como arroz doce, bolos, biscoitos, etc. No caso do arroz cozido, que é em geral consumido em refeições contendo alimentos fonte de ferro, quantidades mais elevadas de cálcio não são recomendáveis, pois poderiam eventualmente inibir a biodisponibilidade do ferro. Assim, a ingestão de alimentos de consumo habitual enriquecidos com o pó da casca de ovo pode contribuir para a ingestão adequada de cálcio sem comprometer a qualidade nutricional da dieta.
Fonte: NutricionistasSJC