A utilização de ervas e outras especiarias naturais ajuda a diminuir o
consumo de sódio, acúcar e diversos conservantes presentes nos temperos
industrializados (caldo de carne, temperos para saladas, temperos
prontos em geral) que traz inúmeros problemas para a saúde,
principalmente para os hipertensos. Mas lembre-se de consultar um
especialista para descobrir as quantidades certas e o uso apropriado dos
temperos. Afinal, exageros nunca são saudáveis.
Alimento Funcional é todo alimento ou ingrediente que, além das funções nutricionais básicas, quando consumido como parte da dieta usual, produza efeitos metabólicos e/ou fisiológicos e/ou efeitos benéficos à saúde devendo, ser seguro para consumo sem supervisão médica”. Incluir esses alimentos funcionais na alimentação é proteger o organismo de diversas doenças, mas lembrando que o uso tem que ser diário.
CURCUMA: apenas uma colher de chá de curcuma por dia é suficiente
para deixar os alimentos mais saudáveis. A raiz possui propriedades
anti-inflamatórias, antioxidantes e anticancerígenas, ajuda no controle
dos níveis de açúcar no sangue e previne contra artrite e alergias. Além
disso, pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos,
detectaram que a curcuma também é capaz de defender o sistema nervoso
dos males causados pelo Parkinson e pelo Alzheimer.
HORTELÃ: não é apenas o chá de hortelã que acalma: acrescentar um
pouco da erva aos pratos também pode ajudar a combater a ansiedade, o
estresse e até mesmo a depressão. "Também é considerado um grande aliado
ao combate da dor de cabeça e insônia", complementa químico e
fitologista Lelington Lobo Franco. A hortelã também é rica em vitaminas A
e C, cálcio, ferro e magnésio, contribuindo para retardar o
envelhecimento, aliviar dores de cabeça e cólicas menstruais, ajudando na digestão e no equilíbrio do nível do colesterol.
LOURO: um de seus maiores benefícios é sua propriedade digestiva.
Além de facilitar a digestão, estimula o apetite e ainda elimina os
gases do tubo digestivo. O louro também tem propriedades antirreumáticas
e anti-inflamatórias. "Além disso, as folhas de louro têm efeitos
diuréticos, adstringentes e propriedades estimulantes do apetite",
aponta o engenheiro agrônomo Marcelo Rigotti, pesquisador de
etnobotânica e fitoquímica da UNESP e líder do projeto A Cura Pelas
Plantas.
MANJERICÃO: planta rica em ferro, cálcio, potássio, magnésio e
vitamina C. A presença de magnésio ajuda a melhorar a saúde do sistema
cardiovascular, melhorando o fluxo sanguíneo e reduzindo o risco de
arritmias cardíacas.
"O manjericão também favorece quem tem digestão difícil, gazes, azia, dores de cabeça em consequência de alimentação pesada ou inadequada. E, além de facilitar o funcionamento dos intestinos, é diurético", completa o químico e fitologista Lelington Lobo Franco, presidente da ONG Planeta Verde (Associação de Pesquisas de Plantas Medicinais e de Meio Ambiente).
ORÉGANO: dar um gostinho especial à pizza é apenas uma de suas funções. Outra é sua propriedade antioxidante,
que ajuda a combater os radicais livres, prevenindo contra doenças
cardiovasculares e retardando o envelhecimento. "O orégano é rico em
compostos químicos e óleos essenciais, suas folhas e caules possuem ação
antisséptica, antiespasmódica, expectorante e estimulante, além de
possuir ferro, que ajuda a prevenir a anemia, e timol, que possui
atividade antibacteriana e antifúngica", aponta o engenheiro agrônomo
Marcelo Rigotti.
PÁPRICA: possui altos níveis de vitamina C (quase nove vezes mais
que um tomate) o que ajuda a absorver alimentos ricos em ferro e pode
combater infecções comuns. "A páprica também, possui o composto
capsaicina que é conhecido como um poderoso anti-inflamatório,
que pode aliviar artrite e dores articulares", diz o engenheiro agrônomo
Marcelo Rigotti. A substância também ajuda a melhorar a circulação
sanguínea e tem enzimas que podem neutralizar os ácidos do estômago,
facilitando a digestão.
PIMENTA-DO-REINO: ao contrário do que se imagina, ela protege a mucosa estomacal. Mas,
é claro, deve ser utilizada em quantidades adequadas: apenas três
gramas diárias são indicadas para o aproveitamento de seus benefícios
sem que se torne prejudicial. Além disso, o tempero possui ação
antioxidante, anticoagulante, anti-inflamatória, ajuda na digestão dos
alimentos, alivia a flatulência, é diurético, auxilia a circulação
sanguínea e previne gripes e resfriados, sendo uma fonte rica de cálcio,
potássio, fibras, magnésio, ferro, manganês e vitaminas C e K. E não é
só: "A piperina, substância química encontrada na pimenta-do-reino e
caracterizada pelo sabor picante, é um analgésico natural. Na pimente
vermelha é a capsacina que promeve o sabor picante".
SALSINHA: é um tempero poderoso. Isso porque fortalece o sistema
imunológico, além de proteger o organismo contra coliformes, fungos e
bactérias. "A salsinha também tem sido utilizada na medicina tradicional
como diurético, para prevenir espasmos, reduzir inflamação, eliminar
toxinas e melhorar a digestão", explica o engenheiro agrônomo Marcelo
Rigotti, pesquisador de etnobotânica e fitoquímica da Unesp e líder do
projeto A Cura Pelas Plantas. Além disso, o tempero tão popular no Brasil ajuda aliviar dores no estômago, a eliminar gases e a prevenir enxaquecas.
SÁLVIA: quem tem sálvia em casa nunca envelhece, já dizia um
velho provérbio chinês. Isso devido à sua ação antioxidante,
antisséptica e anti-inflamatória, além de suas propriedades digestivas e
diuréticas, que ajudam a controlar o nível de açúcar no sangue e
combatem a artrite, a asma e a aterosclerose. "A sálvia é uma planta
rica em compostos químicos como, óleos essenciais, minerais e vitaminas
que auxiliam na prevenção de doenças", aponta o engenheiro agrônomo
Marcelo Rigotti, pesquisador de etnobotânica e fitoquímica da Unesp.
Além disso, a sálvia possui o composto salvigenina, que tem efeito
relaxante vascular e pode proporcionar benefícios nas doenças
cardiovasculares, e é rica em vitamina A e C e em minerais como o
potássio, zinco, cálcio, ferro, manganês, cobre e magnésio.
AÇAFRÃO: um dos segredos para se ter uma boa digestão é o
açafrão. "Sua principal propriedade medicinal é tonificar o sistema
digestivo, facilitando a digestão, combatendo gases intestinais e
melhorando o funcionamento do fígado".Além disso, o açafrão possui uma
substância chamada curcumina, que age como antioxidante e pesquisas mostram que, em doses moderadas, pode até prevenir a doença de Alzheimer .
ALECRIM: um chazinho de alecrim pode ajudara combater a gripe. E
temperar seu prato com ele também. Pesquisas realizadas pelo
Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da Faculdade de
Ciências Farmacêuticas da USP, que estuda os benefícios dos temperos
para a saúde há mais de 20 anos, apontam que a erva também pode combater
o vírus da gripe, evitando sua proliferação e, assim, a progressão da
doença. Além disso, o alecrim contém propriedades diuréticas e
antioxidantes, que combatem os radicais livres e retardam o
envelhecimento, e pode ajudar a prevenir a catarata e doenças na retina,
e ajuda até mesmo a reduzir o colesterol total e os triglicérides .
ALHO: a fama de usar alho para espantar vampiros não é à toa: ela
nasceu por causa de suas propriedades "purificadoras", ou seja,
anti-inflamatórias, antifúngicas e diuréticas. Além disso, o alho alivia
os sintomas de tosses, bronquite e resfriados. Pesquisas realizadas
pelo Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da Faculdade de
Ciências Farmacêuticas da USP apontam que os benefícios do alho à saúde
são numerosos, devido à alicina, uma enzima formada quando o alho é
esmagado ou triturado, e que contribui para a redução do colesterol e da
pressão arterial, e até para a prevenção do câncer.
CANELA: lembra do conselho da vovó que sempre sugeria tomar chá
com canela? Pois é, ela tinha razão. Afinal menos da metade de uma
colher de chá de canela por dia pode diminuir em 20% o nível de açúcar
no sangue, em até 27% o colesterol e cerca de 23% os triglicérides -
além de aliviar os sintomas da gripe. "A canela também é indicada para
ulcerações das gengivas e da mucosa da boca", aponta a nutricionista
Flávia La Villa, docente do curso de Gastronomia do Centro Universitário
SENAC de Campos do Jordão.
CEBOLA: pratos acebolados devem ter um destaque especial no
cardápio dos diabéticos. Isso porque o dissulfureto de alilo propilo,
substância encontrada na cebola, pode reduzir os níveis de açúcar no
sangue, aumentando a quantidade de insulina disponível. Além disso, é
uma fonte rica de cromo, o mineral que ajuda as células do tecido a
responder adequadamente aos níveis de insulina no sangue, facilitando
sua ação e ajudando a controlar a taxa glicêmica. Mas não é só: "A
cebola é fonte de sódio, potássio, ferro e vitamina B1, tendo ação
antibactericida, descongestionante, diurético e antisséptico", afirma a
nutricionista Flávia La Villa, docente do curso de Gastronomia do Centro
Universitário Senac de Campos do Jordão.
CEBOLINHA: contém vitamina A e ácido fólico. Aliás, em se
tratando de vitamina A, ela é a campeã, sendo um dos alimentos que mais
fornece o nutriente. "A vitamina A, que blinda o coração, aparece mais
na cebolinha, somando 50 microgramas - a cebola não passa dos 9. A
cebolinha também contém 29 miligramas de ácido fólico - nutriente
campeão em ação antioxidante", afirma o químico e fitologista Lelington
Lobo Franco, presidente da ONG Planeta Verde (Associação de Pesquisas de
Plantas Medicinais e de Meio Ambiente) e autor de mais de 25 livros
sobre o assunto. A planta também contém boas doses de enxofre, associado
ao combate de doenças cardiovasculares, facilita a digestão e ajuda no
combate à gripe e às doenças respiratórias. "A cebolinha é rica em
vitaminas A, B e C, e também em minerais como ferro e cálcio", diz Sonia
Coutinho, nutricionista da rede Nutrício e pesquisadora de Gerontologia
Biomédica da PUC-RS.
COMINHO: é conhecido como a semente da boa digestão. Isso porque
as sementes estimulam a secreção de enzimas pancreáticas, substâncias
necessárias para uma boa digestão e assimilação dos nutrientes, e também
ajudam a expulsar os gases intestinais. O cominho também é rico em
ferro e fósforo, contribuindo para o transporte de oxigênio para as
células do corpo e para o fortalecimento de ossos e dentes.
Use sempre o azeite de oliva para temperar saladas
AZEITE DE OLIVA: Tem um alto teor de gorduras
monoinsaturadas, vitamina E e ômega-9. É excelente para melhorar as
funções digestivas protegendo as mucosas do estômago e do intestino,
além de ser o melhor tipo de óleo para a saúde do coração, para a
redução dos níveis de colesterol LDL, manutenção do colesterol HDL e ter
uma alta atividade antioxidante. O único defeito do azeite é que ele
não pode ser aquecido em hipótese nenhuma.
Evite esses temperos
industrializados, eles não trazem benefícios para o organismo, têm
muito sódio, gordura, açúcar, glutamato monossódico (que é cancerígeno),
conservantes, etc. Todos são comprovados cientificamente que causam
doença.
Fonte: Nutrição e Assuntos Diversos